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quinta-feira, abril 17, 2025
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Câmara de Gestão de Risco Agropecuário realiza 1ª Reunião Ordinária com mais de 60 Entidades

Hoje, a Câmara de Gestão de Risco Agropecuário realizou sua 1ª Reunião Ordinária, reunindo mais de 60 entidades do setor agropecuário para discutir temas essenciais à gestão de riscos na agricultura brasileira. A reunião teve uma pauta diversificada e rica, refletindo a complexidade e a urgência das questões enfrentadas pelo setor.

A abertura da reunião foi conduzida pelo presidente Vitor Ozaki, seguido dos informativos da Secretária. Um dos destaques foi a apresentação institucional sobre as Câmaras Setoriais e Temáticas, feita por Leandro Lima, Coordenador Geral de Apoio às Câmaras. Entre os pontos abordados, destacou-se a reclassificação de produtos quanto ao ramo na Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), e as propostas para o Plano Safra 24/25.

A criação de Grupos Temáticos foi um dos tópicos centrais da reunião, com discussões aprofundadas sobre vários grandes temas:

Mudanças Climáticas
A necessidade de mapear, prevenir e atuar diante das mudanças climáticas foi amplamente debatida, com a proposta de criar um Fundo de Catástrofe para auxiliar na mitigação dos efeitos adversos.

Seguros e PSR
Melhorias no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e a transição do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) para o PSR foram temas cruciais. Foram discutidas propostas como o Projeto de Lei 4720/16, que visa alocar orçamento do Ministério da Fazenda e transferir despesas para as obrigatoriedades do governo, além de tornar os seguros mais atrativos nas operações de crédito.

Inovação
Foram exploradas novas formas de mitigação de riscos e melhorias nas existentes, como a modernização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), desenvolvimento de novos seguros, aprimoramento de processos e produtos, e a incorporação de práticas Ambientais, Sociais e de Governança (ASG).

Sistema de Dados
A criação de um sistema de dados para compartilhamento de informações de plantio, colheita e outras atividades agrícolas foi destacada como fundamental para a gestão de riscos e a tomada de decisões mais informadas.

Risco Regulatório ou Jurídico
Questões regulatórias e jurídicas também foram tratadas, incluindo a preocupação com embargos posteriores e a criação de restrições após a liberação de crédito, enfatizando a necessidade de segurança jurídica no setor.

Jonatas Pulquerio, Diretor de Gestão de Risco do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e secretário da Câmara, destacou a importância da reunião: “Esta reunião representa um marco na nossa abordagem coletiva para enfrentar os desafios do setor agropecuário. A diversidade de temas abordados e a participação ativa de tantas entidades demonstram nosso compromisso em buscar soluções inovadoras e eficazes para a gestão de riscos.”

O encontro foi marcado por uma forte colaboração e empenho dos participantes, evidenciando o compromisso coletivo em fortalecer a gestão de risco no setor agropecuário. Agradecimentos foram estendidos a todos os envolvidos, reforçando a importância do trabalho conjunto para um futuro mais seguro e sustentável para a agricultura brasileira.

Contexto Climático no Rio Grande do Sul

A reunião ocorre em um momento crítico para o Rio Grande do Sul, que enfrenta uma grave crise climática. O estado sofre com eventos extremos, como secas severas e enchentes, que têm impactado drasticamente a produção agrícola. Esses desafios destacam ainda mais a necessidade urgente de estratégias eficazes de gestão de risco agropecuário. As discussões e decisões tomadas nesta reunião são passos essenciais para equipar o setor com ferramentas necessárias para enfrentar essas adversidades e garantir a resiliência da agricultura frente às mudanças climáticas.

 

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