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sábado, outubro 26, 2024
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Cooperados da Frísia vendem primeiro lote de “boi China” e obtêm ágio de 5%

O primeiro lote, de 80 animais, foi comercializado com o mercado chinês em maio por meio de uma parceria com o frigorífico Astra

 

Diante do cenário de baixa nos preços da pecuária em todo país devido à alta oferta de animais no mercado, cooperados da Frísia Cooperativa Agroindustrial, de Carambeí (PR), tiveram a primeira experiência com a comercialização do “boi China”, que atende padrões exigidos pelos compradores asiáticos. O negócio rendeu ágio de 5% sobre a arroba do boi gordo em relação às vendas tradicionais e com custo de produção mais baixo.

A cooperativa iniciou a atividade de bovinocultura de corte há menos de um ano. O primeiro lote, de 80 animais, foi comercializado com o mercado chinês em maio por meio de uma parceria com o frigorífico Astra, de Cruzeiro do Oeste (PR), habilitado para exportar para a China em abril deste ano. Em junho, mais 60 cabeças serão negociadas.

O objetivo da Frísia é vender pelo menos uma carga de gado holandês por mês para a China. Os cooperados já atuam na atividade leiteira, que utiliza as fêmeas, e demandavam por um projeto para engorda do gado macho. O projeto de parceria com o abatedouro otimiza os recursos da propriedade, diz a cooperativa, e gera mais sustentabilidade na cadeia. Isso porque, segundo a cooperativa, os machos holandeses, tradicionalmente, são comercializados com baixo valor agregado ou até mesmo doados.

Atualmente, os cooperados têm 2,5 mil cabeças de gado holandês macho voltadas para a pecuária de corte, mas a intenção é chegar a 5 mil nos próximos quatro anos.

“Por mês, serão ao menos uma carga para entregar ao frigorífico para exportação à China”, disse o gerente executivo bovinos da Frísia, Jefferson Pagno.

Segundo ele, quatro cooperados fazem o atendimento de “boi China”, mas a expectativa é alcançar 18 produtores associados. Pagno afirmou que o cooperado que está agregando seu ativo para o gado de corte não deixa de ser um pecuarista de gado leiteiro. “Com o gado de corte, o cooperado reduz os custos de produção do leite, ele vai convertendo tudo em equivalente leite”.

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