Assinatura de acordo inédito entre o Mapa, o CNC e multinacional utilizará créditos de carbono para tornar apólice mais acessível ao produtor de café.
Os cafeicultores brasileiros têm uma nova oportunidade para economizar na aquisição de apólices de seguro rural, com a utilização de práticas agrícolas sustentáveis. Foi firmado nesta semana um Acordo de Cooperação Técnica para o projeto “Cafeicultura Brasileira Sustentável – Sistema de Compensação de Crédito de Carbono na Apólice de Seguro Rural no Brasil”. Este projeto inovador utiliza créditos de carbono para beneficiar financeiramente os produtores que adotarem práticas sustentáveis. Os participantes do acordo incluem o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), por meio da Secretaria de Política Agrícola (SPA/MAPA); o Conselho Nacional do Café (CNC); e a multinacional Pró Natura.
Na prática, o projeto oferece aos cafeicultores uma proteção financeira adicional contra os riscos agrícolas. Para o secretário de Política Agrícola do MAPA, Guilherme Campos, essa iniciativa é pioneira e acompanha as mudanças climáticas. “Esse é um trabalho inédito, e que tem vários focos. Ele trabalha a questão da sustentabilidade, os riscos e as mudanças climáticas, alinhados com o seguro rural”, destaca o secretário.
Conforme o documento assinado, o acordo visa implantar e desenvolver a viabilidade dos ativos obtidos pelo crédito de carbono, proporcionando a redução de custos para o produtor no pré-custeio da safra. Além disso, o desempenho dos produtores em relação à pegada de carbono será continuamente avaliado.
O projeto foi modelado pelo Departamento de Gestão de Risco o diretor Jônatas Pulquério destacou as vantagens que ele traz para os cafeicultores. “Estamos buscando a redução do custo da apólice do seguro rural por meio da compensação financeira da venda dos créditos de carbono”, disse. “Com isso, trabalhamos uma política de seguro favorável ao produtor rural, em consonância com as boas práticas agronômicas e o enfrentamento às mudanças climáticas”, completou Pulquério.
A partir de agora, iniciam-se os estudos para definição dos percentuais a serem abatidos sobre a apólice do seguro e o modelo desse benefício, bem como a escolha da cooperativa que irá compor o trabalho. O projeto é um piloto que pode se expandir para outras áreas e culturas, oferecendo alternativas vantajosas ao produtor brasileiro.
Da Redação.