Índice nacional, no entanto, está abaixo da média dos últimos cinco anos
Os sojicultores de diferentes regiões do país aceleraram os trabalhos de plantio com as chuvas da última semana para viabilizar a janela ideal da safra verão iniciada em setembro.
Após o vazio sanitário obrigatório, a falta de chuvas nas primeiras semanas da temporada 2024/2025 atrasou a semeadura que apenas engatinhou até a primeira quinzena de outubro.
Até o dia 25 de outubro, no entanto, o plantio da oleaginosa ganhou velocidade e alcançou 35,9% da área esperada na média nacional. Para se ter ideia, o índice estava em cerca de 8% no dia 13.
Apesar do avanço, o percentual ainda é significativamente mais baixo em relação à média de 44,48% dos últimos cinco anos.
Segundo a consultoria Pátria, o montante plantado no mesmo período do ano chegava a 39,10% em 2023 e já era de 52,31% em 2022.
“A semana foi marcada pela tentativa de aceleração dos trabalhos de campo, com o ritmo semanal se aproximando do observado no ano passado. Algumas regiões ainda preocupam”, avalia a consultoria.
Ainda assim, a esperança renovada ainda não traz otimismo a respeito da produtividade ou mesmo sobre o posterior plantio de milho, que está previsto para o primeiro trimestre do próximo ano, após a colheita da soja.
Os relatos de produtores no Centro-Oeste indicam variabilidade na chegada de chuvas, com muitas áreas ainda secas e outras áreas bem regadas.
O fenômeno La Niña pode levar chuvas acima da média ao Centro-Oeste e Sudeste e diminuir o volume de água no Sul. Contudo, por tratar-se de uma La Niña de baixa intensidade, o regime pode estar próximo da neutralidade.
O plantio de soja no Brasil avança de maneira desigual, com estados do Centro-Oeste e Sul em ritmos mais acelerados, enquanto regiões do Norte e Nordeste enfrentam desafios que retardam o processo.
O Paraná e Mato Grosso lideram o avanço no plantio nesta temporada, respectivamente, com 70,5% e 55,7% da área já semeada, acima da média nacional.
Em contraste, outros estados como o Rio Grande do Sul e o Maranhão apresentam índices bem inferiores de progresso no plantio, com apenas 0,4% e 3,4%, respectivamente.
Essa disparidade regional pode ser atribuída às condições climáticas adversas e ao atraso no início das chuvas em algumas áreas. Isso pode impactar a produtividade futura, uma vez que a janela ideal de plantio tende a ser reduzida para esses estados.
Entre os estados que apresentam desempenho intermediário, Goiás e Minas Gerais têm 26,4% e 18,4% da área plantada, respectivamente.
Assim, as condições do solo e o regime de chuvas nas próximas semanas serão determinantes para que esses estados atinjam o ritmo necessário e acompanhem o avanço nacional.
Fonte: AgrofyNews